16 de março de 2014

Brincadeira de criança.

Há duas semanas, mais ou menos nesse horário de almoço, eu atendi uma ligação inesperada. Eu mal conhecia o cara e ele me ligou do nada. Parece que nesses últimos 14 dias, nós estávamos o tempo todo nessa ligação. Ligação de conexão, interligados. Ontem à tarde essa ligação foi encerrada. Meu corpo gelou quando eu ouvi do outro lado da linha um homem falando "Eu não quero te conhecer mais. Você me dá medo. E você me lembra tudo que já me aconteceu de errado." Calma. Ok. Quando dói a cabeça, o fígado, o pulmão, o estômago, a gente vai pro hospital, pro médico. Talvez pra uma sala de emergência caso o caso seja desesperador.  Vamos até para a reabilitação para prevenir futuros e maiores danos e prejuízos. Mas quando dói bem forte o peito, quando algumas palavras ecoam na tua mente e nada parece te distrair, o que você faz? O que se faz quando alguém te deixa pra trás? O que eu faria? Não tenho mais vontade de afogar as mágoas, sei que não encontraria mais tranquilidade no fundo de um copo de cerveja. Sei também que de nada adiantaria um baseado agora. Não fumo mais pra esquecer. Não adianta eu nem olhar pra essa carteira de Lucky Strike. Nem a nicotina me acalmaria. E eu não quero que minha valentia seja apenas em pó. Então, o que eu posso fazer? É um domingo de Sol. Caminhar? Ouvir música? Escrever? Eu já fui camelar no parque com meu bloco e meus fones. E já voltei. E agora?

Coração machucado faz o corpo inteiro se sentir entorpecido!
Que droga nova  é essa de dizer "Eu te amo" sem amar mesmo?

Essa é uma onda que não me agrada. Nem. Um. Pouco.

Cresça, rapaz. Sério.
Cresça e desapareça.

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